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A Enel São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 22 de novembro, parceria com a Tim, Ericsson, Qualcomm e Motorola para instalação de uma antena na subestação itaim com a tecnologia 5G. O projeto é pioneiro na América Latina e faz parte do projeto Urban Futurability, que deverá transformar a região no primeiro bairro digital e sustentável da capital paulista, com investimentos de R$ 125 milhões. A tecnologia 5G será avaliada para reforçar a digitalização do sistema, buscando agilizar respostas nas ocorrências e viabilizando o desenvolvimento de novas aplicações que vão melhorar a resolução de problemas complexos na rede elétrica.

O projeto já está em testes desde agosto. Na rede 3G, o tempo de resposta fica na casa dos segundos, enquanto na 5g, cai para 5 milissegundos, que é dez vezes mais rápido que o tempo que o cérebro humano demora para reagir a uma imagem. A SE Itaim vai funcionar como uma espécie de meio de acesso de comunicação para monitoramento e controle de equipamentos de rede aérea que se encontram nas proximidades. No período de testes, foram detectadas vantagens na comunicação com os equipamentos de tele controle.

De acordo com Fernando Andrade, responsável pela área de Engenharia e Construção da Enel Brasil, a assistência remota é um ponto que chama a atenção pelos ganhos proporcionados. A velocidade com o 5G aumenta expressivamente, resultando no aumento da qualidade da execução do serviço. “A assistência remota com a qualidade de uma conexão como a do 5G é fora do que a gente está acostumado, é outro mundo”, avisa. Segundo ele, a segurança do trabalho e a qualidade da execução via 5G é um ponto relevante dentro desse processo.

Fernando Andrade, da Enel: 5G traz assertividade nas ações preditivas e preventivas

Ainda de acordo com Andrade, os índices de qualidade do fornecimento no curto prazo não deverão sofrer impactos profundos, já que o tempo de contabilização é de três minutos. Porém no médio prazo a distribuidora vai conseguir ser mais assertiva e eficiente nas ações preditivas e preventivas. Ele dá como exemplo as inspeções que são feitas com drones, helicópteros e carros. Imagens captadas por câmeras de alta precisão são registradas e descarregadas posteriormente em servidores para posterior análise. Com a tecnologia 5G associada ao equipamento, a análise pode ser feita em tempo real e a eventual manutenção pode ser feita logo. “É um ganho de velocidade, de antecipação das nossas inspeções e visualizações de rede”, comenta.

Outra vantagem é a redução de gastos em determinadas ações, como a poda de árvores. O uso da tecnologia indica o melhor momento para a ação da poda, chegando a trazer redução de 15% nos gastos.  Segundo Leonardo Capdevile, CTIO da TIM, a licença fornecida pela Agência Nacional de Telecomunicações para a antena é provisória, mas que após a fase de testes a intenção é que o uso seja permanente par ao uso da tecnologia. A subestação é um ambiente controlado e São Paulo tem cerca de 120 SEs. O objetivo com o 5G é ir além das subestações, de modo que os funcionários possam ter uma comunicação em todos os equipamentos.

O P&D envolvendo a tecnologia 5G exigiu treinamentos, estudos, contratações e principalmente, a participação dos colaboradores no projeto. Para o representante da Enel, nada substitui um profissional que mergulha no projeto, trabalhando com o que acontece na realidade. “Ele vai visualizar um tema 5G, a captura de informações e vai ‘pegar’ na tecnologia. É a melhor formação que tem, um treinamento ‘on the job’ “, completa Andrade.

A TIM Brasil será responsável pelo fornecimento da rede 5G Stand Alone. os rádios usados serão os mesmos que serão entregues para os players do 5G. A Ericsson será a fornecedora de toda a infraestrutura do 5G, como antenas, rádios e outros componentes e a Qualcomm ficará com a parte dos 5G Customer Premise Equipment, os dispositivos que se conectam a essa infraestrutura. Os modelos Motorola Edge, Moto G 5G e moto G 100, entre seus terminais compatíveis com a tecnologia 5G stand alone, serão disponibilizados para os testes.